AMADA
Eu quero o que tu queres, amo o que tu amas, Detesto o que te aflige e odeio a quem te odeia, vou feio um cão carente, quando tu me chamas E me alimento das sobras da tua ceia... Vivendo por viver, já que nem vivo como Eu gostaria de viver, ao lado teu... Perdido, eu prendo tudo que foi teu e meu E às vezes, de mim mesmo, o teu retrato eu tomo. E choro e xingo e falo coisas que nem devo, Levando-te no meu peito em auto-relevo E sempre procurando dar o que tu queres... Cercado de manias, vícios e neuroses Eu ouço a tua fala entre milhões de vozes E vejo a tua imagem dentre mil mulheres. (Nizardo Wanderley) Poesia registrada. Xerinho.
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 13/07/2007
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