ÚLTIMA MORADA
Vivendo na inquietude das fantasmagóricas Serpentes tenebrosas que picam a essência E destilam veneno em minha consciência Sem permitir a ampla defesa ou retóricas... Eu sigo em desalinho pelo espaço etéreo Na imensidão da dor que me rasga e extermina Com a alma entregue à sorte e a vida exposta à sina De um colossal cortejo lúgubre e funéreo... E nada me restou, ninguém escuta o grito Do meu peito infeliz que cai podre e contrito N’um último suspiro e bate em retirada... Amigos? – Me sobraram, quatro, entre os escombros! E são eles que vão me carregar nos ombros Pros vermes que me esperam n'última morada... (Nizardo) Poesia registrada. Xerinho.
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 09/06/2007
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