FANTASMAS
Dói-me saber que um dia alguém que hoje é ninguém Foi alvo encantador de alguém que hoje é meu tudo E eu me afogo em prantos e me desiludo Quando o ciúme ás vezes, visitar-me vem... Quisera eu ser o único fio de saudade Sentida com calor na flor do perpendículo... E habitar com doçura o cume do ventrículo Onde eu depositei meu corpo, alma e entidade... E em mimos rego à orquídea que me enfeita a vida Pra que mais tarde uma outra alma abduzida Não sinta o que hoje eu sinto ou chore o que eu chorei... Lembrando-se como eu de um passado sem fim, Achando-se em sobejos deixados por mim... Perdendo-se nos mesmos rastros que eu pisei! Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 20/01/2007
Alterado em 26/01/2008 |