Nizardo Wanderley

Cavaleiro Solitário

Textos


O BÁLSAMO DA VIDA

Percorro a epiderme aveludada e tátil
Fragilizada e trêmula da "minha dona"
Submergindo à face na progesterona
Que arranca do meu ego a espécie mais volátil.

Meus dedos depravados num braile atrevido
Violam cada poro ou pelos que enrijecem
E as carnes dominadas, suplicantes pedem
Que o corpo por inteiro seja possuído.

A boca libertina busca em toques sábios
À outra boca vil que morde os próprios lábios
E ordena a mãos e pernas numa voz sofrida

Que puxem para dentro (fundam-se os palatos)
O outro corpo em chamas que despeja em jatos
O bálsamo viril que lhe abastece a vida.
Nizardo Wanderley
Enviado por Nizardo Wanderley em 05/01/2007
Alterado em 28/07/2014


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